“Farei o papel de fazer a roda girar”, sintetizou
Bellô Monteiro, logo depois da sua eleição na assembleia geral da Rede de ONGs da Mata Atlântica
O novo coordenador geral da Rede de ONGs da Mata
Atlântica foi um dos primeiros a trabalhar na RMA. “Foi pela rede que entrei
na SOS”, conta Bellô Monteiro, que atuou mais de 15 anos à frente do
voluntariado da Fundação SOS Mata Atlântica. Para quem não sabe, a rede foi
criada a partir da articulação e da reunião de organizações na Rio92.
Bellô Monteiro, da SOS Mata Atlântica. |
Com relação ao futuro trabalho na RMA, que será
compartilhado com Adriano Wild, na coordenação institucional, Bellô acredita
que a articulação da rede será potencializada devido a sua participação em
outros colegiados. O goiano, de Anápolis, mas completamente adaptado ao bioma
Mata Atlântica, integra o GT do Observatório do Código Florestal, a Rede Nossa
São Paulo e está na diretoria regional da Associação Brasileira de ONGs
(Abong).
Bellô, que substitui Ivy Wiens, do Instituto
Socioambiental, entende que a Rede será fortalecida com a sua atuação. Do alto
dos seus 58 anos de estrada, afirma que o panorama hoje é muito diferente de 20
anos atrás, sendo necessário envolver outros públicos para as causas
ambientais.
Em sua trajetória na SOS, conseguiu atrair cerca de cinco mil
pessoas em iniciativas do voluntariado. O ambientalista pretende viabilizar as
ações da RMA por meio de projetos. “Farei o papel de fazer a roda girar, vou
colocar lenha no fogão para o feijão cozinhar”, brinca.
Avaliação de quem sai
A relações públicas Ivy Wiens afirma que apesar das
dificuldades financeiras, a RMA conseguiu articular ações importantes nos dois
últimos anos. “Organizamos debates, manifestações, coleta de assinaturas e
mobilizações contra os retrocessos ao Código Florestal Brasileiro, nas
Campanhas "Floresta faz a Diferença", "Mangue faz a
Diferença", "Veta Dilma" e "Não vote em quem votou contra
as Florestas", enumerou a coordenadora, que agora trabalha para repassar o
cargo dentro de um mês.
Renato Cunha, do GAMBA, da Bahia, fotografa Ivy durante
apresentação no evento. (Fotos: Silvia Marcuzzo)
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Ivy, que antes do ISA trabalhou anos no Vidágua, de
Bauru, acrescenta que a RMA também divulgou e apoiou a elaboração de Planos
Municipais da Mata Atlântica, integrando o grupo que delineou a criação de
Roteiro Metodológico para o tema.
Conta que a rede participou da organização da
Cúpula dos Povos, na Rio+20, no momento em que a RMA completou duas décadas de
atuação, onde realizou oficinas, debates e atividades interativas.
“A
articulação com outras redes temáticas e movimentos do campo socioambiental foi
importante para o fortalecimento das agendas coletivas, especialmente às
ameaças que estão atingindo a legislação no Brasil”, conclui a ambientalista.
Precisamos ,conservar as nossas florestas esta é a realidade que necessitamos no momento atual.A mata atlântica tem sido nos dias atuais, vítima maior dos chamados crimes ambientais.É PRECISO DAR UM BASTA !
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