terça-feira, 28 de maio de 2013

Prêmio Muriqui reconhece produção sustentável de erva-mate



Concedida pela RBMA, premiação incentiva ações voltadas à conservação Mata Atlântica
Primeira pessoa a ter um produto da Mata Atlântica certificado – tanto pelo FSC quanto pelo Programa Mercado Mata Atlântica da RBMA -, Eduardo Guadagnin, da Ervateira Putinguense, de Putinga (RS), foi o ganhador do Prêmio Muriqui 2013, da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA). O prêmio foi entregue ontem (27/5), durante a Semana da Mata Atlântica, que termina hoje (28), em São Paulo.

Clayton Lino (esquerda) e Roberto Cavalcante (direita) entregam Prêmio Muruqui
para Eduardo Guadagnin, da Ervateira Putinguense / Foto: CNRBMA

Segundo Clayton Ferreira Lino, presidente da RBMA, o empreendedor foi pioneiro na demonstração de que é possível o cultivo da erva-mate como fonte de renda e sustentabilidade, tendo um negócio associado à conservação da Mata Atlântica. “Eduardo é hoje vice-prefeito de Putinga e lidera um conjunto grande de ervateiros, um dos segmentos que mais gera empregos, com produção orgânica, manejo florestal exemplar e preservando também a araucária”, ressaltou.

“Nunca pensei que seria valorizado por ter uma empresa tão pequena. É um trabalho de mais de 20 anos, recuperando a floresta. Trabalho que precisa ser paciente, mas é uma obrigação, pois é o futuro da nossa nação e dos nossos filhos e netos”, disse o premiado.

O prêmio institucional foi para o Município de Extrema (MG), pioneiro na implantação do pagamento por serviços ambientais para proprietários que protegem ou recuperam suas áreas de matas ciliares. Instituídos por uma lei municipal em 2005, o projeto Conservador das Águas teve início em 2007 e já protegeu mais de 3.000 hectares de áreas, onde foram plantadas 250 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, na bacia dos rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí. O prêmio foi entregue ao vice-prefeito João Batista e ao secretário de Meio Ambiente Paulo Henrique Pereira.

O Prêmio Muriqui Especial foi entregue à Conservação Internacional, organização não governamental que desde 1990 atua como instituição autônoma no país e possui uma atuação intensa na Mata Atlântica, na proteção da biodiversidade. Sua atuação é descentralizada e multidisciplinar, com enfoque em áreas como pesquisa, divulgação e comunicação.

Luiz Paulo Pinto, diretor da CI-Brasil agradeceu o prêmio e lembrou que o muriqui é um símbolo para a instituição, pois foi foco do primeiro projeto da ONG no país, e continua até hoje, sendo, portanto, seu projeto mais antigo. “Hoje, nosso desafio é trabalhar com economia verde, mantendo a marca da CI-Brasil, que é autuar sempre em parceria com outras instituições”, declarou.

Criado em 1993, o Prêmio Muriqui tem o objetivo de incentivar ações que contribuam para a conservação da biodiversidade, o fomento e divulgação dos conhecimentos tradicional e científico e a promoção do desenvolvimento sustentável na área da Mata Atlântica. A premiação é constituída de uma estatueta de bronze representando um muriqui (Brachiteles arachinoides) e um diploma. O muriqui é o animal símbolo da RBMA. Os premiados escolhidos através de voto dos membros do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em suas ações anuais.

3 comentários:

  1. Correção: A cidade dele é Putinga, e não Ilópolis, como foi citado no artigo.

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  2. Saulo, correção feita! O Eduardo comentou de fato, após a premiação, que o correto era Putinga. Continue acompanhando o blog e contribua com a Carta da Mata Atlântica!!!

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